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Queijos blindam o coração

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Novos estudos indicam que ter hábito de consumi-los evita o aumento do colesterol e da pressão arterial, os principais fatores por trás de doenças que castigam o peito. Mas há alguns segredos para petiscar esses benefícios. Eles são saborosos, só que cheios de gordura saturada, considerada uma das mais nocivas nos assuntos do coração. É assim que muita gente enxerga os queijos e até seus parentes lácteos. E não dá pra dizer que é uma visão 100% errônea.

Mas também não deve servir de argumento para julgamentos apressados e proibições. Essa foi a lição deixada por um painel de debates sobre a influência da dieta no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, ocorrido no último congresso da Sociedade Americana para Nutrição, que SAÚDE acompanhou em San Diego, nos Estados Unidos.

Uma das boas provas a favor dos queijos, entre outros laticínios, foi apresentada pela nutricionista brasileira Marcia Otto, professora da americana Universidade do Texas. Ela comparou o impacto de diversas fontes de gordura saturada sobre o risco cardíaco 5209 adultos. Atenção a um dos achados: quando dois grupos desses voluntários consumiam a mesma quantidade desse tipo de gordura (no caso, 2% do total de calorias ingeridas no dia), mas um obtinha o nutriente por meio de carnes e o outro com lácteos, a probabilidade de esse último sofrer um infarto ou derrame era 25% menor. Na prática, estamos falando em trocar um bife de 50 gramas (metade de uma unidade média) por 40 gramas de mussarela, por exemplo.

"Se a gordura saturada fosse essa grande vilã, o risco cardíaco seria o mesmo, independentemente da fonte alimentar", raciocina Marcia. Ela não foi a única a encontrar argumentos para absolver queijos e companhia da injusta acusação de prejudicarem o sistema cardiovascular. Depois de avaliar nada menos do que 33 mil mulheres durante longos 12 anos - período no qual ocorreram 1392 ataques cardíacos - , pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, concluíram que apostar nos lácteos dia após dia afastava panes no peito. E vamos dizer mais: abocanhar queijos gerava uma proteção ainda maior. Suas fãs se mostraram 24% menos propensas a ver o coração pifar.

O balanço entre as quantidades de gordura, cálcio e sódio é crucial na hora de diferenciar os melhores para a saúde daqueles que devem aparecer na tábua de frios só de vez em quando. Para o dia a dia: Cottage, mais magro, (Energia 72,4 kcal, Gorduras 1 g, Cálcio 60,9 mg, Sódio  406 mg), Mussarela (Energia 281 kcal, Gorduras 21,6 g, Cálcio 517 mg, Sódio 373 mg), Ricota (Energia 174 kcal, Gorduras 13 g, Cálcio 207 mg, Sódio 84 mg), Minas Frescal (Energia 264 kcal, Gorduras 20,2 g, Cálcio 579 mg, Sódio 31 mg). 

Até 2 vezes por semana: Camembert (Energia 300 kcal, Gorduras 24,3 g, Cálcio 388 mg, Sódio 842 mg), Prato (Energia 357 kcal, Gorduras 27,8 g, Cálcio 731 mg, Sódio 965 mg), Gouda (Energia 356 kcal, Gorduras 27,4 g, Cálcio 700 mg, Sódio 819 mg), Provolone (Energia 351 kcal, Gorduras 26,6 g, Cálcio 756 mg, Sódio 876 mg), Brie (Energia 334 kcal, Gorduras 27,7 g, Cálcio 184 mg, Sódio 629 mg), Suíço (Energia 376 kcal, Gorduras 27,5 g, Cálcio 961 mg, Sódio 260 mg). 

Consumo Eventual: Parmesão (Energia 392 kcal, Gorduras 25,8 g, Cálcio 1183 mg, Sódio 1601 mg), Roquefort, mais salgado (Energia 369 kcal, Gorduras 30,6 g, Cálcio 662 mg, Sódio 1809 mg), Cheddar, mais gordo (Energia 403 kcal, Gorduras 33,1 g, Cálcio 721 mg, Sódio 621 mg), Gruyère (Energia 413 kcal, Gorduras 32,3 g, Cálcio 1011 mg, Sódio 336 mg).

O cálcio também entra na briga contra a obesidade, fator que faz o risco cardíaco decolar. A história começa com dois hormônios de nome complexo: o paratormônio e o calcitriol. "Quanto mais desse nutriente na dieta, menor a concentração dessa dupla no organismo", diz a nutricionista Olga Amancio, presidente da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição. "E, nesse cenário, ocorre um estímulo da lipólise, que é a quebra de gordura no corpo", ensina. Ao mesmo tempo, há inibição da lipogênese, isto é, a formação de banha pelas dobras do corpo.

Quer mais um motivo para não comer queijo (com sua pitada de gordura) sem peso na consciência? Até agora, a ciência aponta que ele e seu parente iogurte são os melhores parceiros da saúde - até pelo fato de serem fermentados. Só evite os frios supersalgados e não os coloque no pão branco ou na pizza, combinações cheias de carboidratos refinados. Com uma torrada integral, misturados à salada ou mesmo sozinhos, eles agradam muito mais ao coração. 

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Fuente: Food News Latam® www.foodnewslatam.com

 

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