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Gordura do leite pode fazer bem

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Evidências científicas têm demonstrado que o consumo de produtos lácteos ricos em gordura (full fat) não aumenta os riscos de doenças cardiovasculares e de obesidade, pelo contrário, pode até reduzi-los. Até então, devido ao elevado teor de ácidos graxos saturados presentes em sua gordura, os produtos lácteos full fat , como leite integral, queijos e manteiga, estiveram associados à elevação do risco de doenças cardiovasculares. 

As pesquisas apontam que esse possível efeito cardioprotetor exercido pela gordura do leite parece estar vinculado, pelo menos em parte, à presença de compostos com efeitos benéficos para o sistema cardiovascular, com destaque para o ácido linoleico conjugado (CLA), o ácido vacênico, o ácido alfalinolênico (ômega-3) e o ácido oleico, esse último componente majoritário do azeite de oliva, um dos ingredientes da aclamada Dieta do Mediterrâneo. A gordura do leite é a principal fonte de CLA e de ácido vacênico na dieta humana, além de contribuir significativamente para a ingestão de ácido oleico. Os CLA são ácidos graxos que compõe a parte da gordura da carne ou do leite. Estudos sugerem que o CLA apresenta potentes atividades bioquímicas e fisiológicas, que podem beneficiar o organismo e proteger contra enfermidades crônicas como doenças cardiovasculares e obesidade, diabetes, e ainda, alguns tipos de câncer: mama, cólon, próstata e cérebro.Viva Lacteos Leite Gordura

O pesquisador da Embrapa Marco Antônio Sundfeld Gama explica que, por meio da manipulação da dieta dos animais, por exemplo, tem sido possível obter produtos lácteos contendo, naturalmente, elevados teores de compostos com propriedades benéficas à saúde, como o CLA. Esses produtos, como a manteiga, são incorporados à dieta de animais ou fornecidos para humanos para avaliar os seus efeitos sobre marcadores de doenças crônicas de interesse, obesidade, diabetes do tipo-II, doenças neurodegenerativas, entre outras, e são comparados a uma gordura láctea convencional. "Até o momento, os resultados obtidos são bastante promissores, tanto nos estudos com animais quanto nos clínicos", aponta o pesquisador.

Na pesquisa com humanos, realizada em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a ingestão de 20 gramas diários de manteiga naturalmente rica em CLA, produzida na Embrapa Gado de Leite, reduziu a produção de biomarcadores pró-inflamatórios associados com a obesidade. Em outro estudo, conduzido com ratos em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), foram observadas alterações positivas em biomarcadores associados à doença de Alzheimer.

Do ponto de vista prático, Gama ressalta que há cooperativas na Espanha, no Canadá e na Itália produzindo e comercializando leite e produtos lácteos full fat com maiores teores de CLA e de ácidos graxos ômega-3. Além disso, há um produtor de leite na Argentina, da região de Chivilcoy, que vem produzindo queijos ricos em CLA e com baixo teor de ácidos graxos saturados desde 2011. "Acreditamos que há um potencial nicho de mercado para esses produtos no Brasil também. São os chamados alimentos funcionais, um mercado em ampla expansão em todo o mundo", afirmou.

É a mesma alergia à lactose intolerância à lactose? A alergia é uma reação do sistema imunológico a frações proteicas do leite e, neste caso, o consumo de leite e derivados deve ser substituído por outros alimentos que sejam fontes de cálcio. A intolerância alimentar à lactose se refere a dificuldade na digestão da lactose, que é um açúcar presente no leite, por deficiência na produção da enzima lactase que quebra este açúcar. Neste caso, o consumo de leite e derivados é permitido de acordo com o nível de intolerância de cada indivíduo. Para ambos os casos, a Associação destaca a importância em esclarecer sobre as diferentes formas de tratamento e substituição do leite.

Para casos de alergia, a comunidade científica recomenda asubstituição do leite por alimentos ricos em cálcio. No caso da intolerância à lactose, o consumo de derivados de leite pode ocorrer, como o iogurte e queijo, por exemplo, que contém naturalmente quantidade reduzida de lactose em sua composição devido ao consumo da lactose durante seu processo de fabricação e mantém os nutrientes necessários ao organismo como cálcio, fósforo e vitaminas.

Segundo Viva Lácteos (Associação Brasileira de Laticínios) Brasil é o 6º maior produtor de leite do mundo e tem o segundo maior crescimento. O leite emprega 25% mais pessoas no campo do que o café, a soja e a cana­-de-açúcar juntos. Por outro lado entre os 10 maiores produtores de leite, o Brasil tem a segunda menor produtividade e uma das que menos cresceram nos últimos 10 anos. Apenas 1% dos produtores de leite brasileiros produzem mais de 500 l/dia; mesmo assim, sua produtividade (996 l/dia) é 66% inferior à do produtor médio argentino (2.950 l/dia). Em 8 anos (de 1992 a 99) a pecuária Argentina elevou em 75% a produção de leite, aumentando o rebanho em menos de 10%, em grande parte graças ao apoio da indústria. Mais informações vivalacteos.org.br

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